sábado, 21 de julho de 2007

Charlie Chaplin

"EU
Já perdoei erros quase imperdoáveis,tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso,já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,mas também decepcionei alguém. Já abracei pra proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado,fui amado e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e já fiz juras eternas, "quebrei a cara" muitas vezes!! Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só pra escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo!) Mas vivi! E ainda vivo! Não passo pela vida... e você também não deveria passar! Viva!!! Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, por que o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante"

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Unwriten - Natasha Beddingfield

I am unwriten, can't read my mind, I'm undefined
I'm just beginning, the pen's in my hand, ending unplanned

Staring at the blank page before you
Open up the dirty window
Let the sun illuminate the words that you could not find

Reaching for something in the distance
So close you can almost taste it
Release your inhibition
Feel the rain on your skin
No one else can feel it for you
Only you can let it in
No one else, no one else
Can speak the words on your lips
Drench yourself in words unspoken
Live your life with arms wide open
Today is when your book begins
The rest is still unwriten

Oh, oh

I break tradition, sometimes my tries, are outside the lines
We've been conditioned to not make mistakes, but I can't live that way

Staring at the blank page before you
Open up the dirty window
Let the sun illuminate the words that you could not find

Reaching for something in the distance
So close you can almost taste it
Release your inner visions
Feel the rain on your skin
No one else can feel it for you
Only you can let it in
No one else, no one else
Can speak the words on your lips
Drench yourself in words unspoken
Live your life with arms wide open
Today is when your book begins

Feel the rain on your skin
No one else can feel it for you
Only you can let it in
No one else, no one else
Can speak the words on your lips
Drench yourself in words unspoken
Live your life with arms wide open
Today is when your book begins
The rest is still unwriten

Staring at the blank page before you
Open up the dirty window
Let the sun illuminate the words that you could not find

Reaching for something in the distance
So close you can almost taste it
Release your inner visions
Feel the rain on your skin
No one else can feel it for you
Only you can let it in
No one else, no one else
Can speak the words on your lips
Drench yourself in words unspoken
Live your life with arms wide open
Today is when your book begins


**Roubei do blog da Tainá... **

terça-feira, 17 de julho de 2007

Hoje eu tô sozinha
Não sei se me levo ou se me acompanho...

Ana Carolina

domingo, 8 de julho de 2007

O meu olhar é nítido como um girassol - Alberto Caeiro

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E, de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

sexta-feira, 6 de julho de 2007

After prayers, Lie cold - C.S.Lewis

Arise my body, my small body, we have striven
Enough, and He is merciful; we are forgiven.
Arise small body, puppet-like and pale, and go,
White as the bed-clothes into bed, and cold as snow,
Undress with small, cold fingers and put out the light,
And be alone, hush´d mortal, in the sacred night,
-A meadow whipt flat with the rain, a cup
Emptied and clean, a garment washed and folded up,
Faded in colour, thinned almost to raggedness
By dirt and by the washing of that dirtiness.
Be not too quickly warm again. Lie cold; consent
To weariness´ and pardon´s watery element.
Drink up the bitter water, breathe the chilly death;
Soon enough comes the riot of our blood and breath.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Inimigo

A palavra traz uma carga negativa impressionante!
O inimigo é alguém que desperta em nós os sentimentos mais primitivos: medo, ódio, desejo de vingança. Diante de um inimigo, as mãos ficam geladas, o coração bate forte, o sangue pulsa nas têmporas. E a pergunta surge: Como agir? O que fazer?
A resposta a essa pergunta foi dada pelo Cristo: Ama o inimigo, ora pelos que te perseguem. Mas, nós, que somos pessoas comuns, costumamos reagir a esse conselho de Jesus. E nos perguntamos: Amar o inimigo? Fazer o bem a quem nos feriu e maltratou? E, em geral, concluímos: Impossível. Para nós, a expressão "Amar o inimigo" parece uma utopia. Em alguns casos, até somos irônicos: "Esse ensinamento de Jesus não é para nós. Ainda somos muito imperfeitos."
O que acontece é que não entendemos corretamente o significado da palavra "amar", quando se aplica ao inimigo. Jesus era um sábio. Ele conhecia profundamente a alma humana. Você acha que Ele iria sugerir algo que não seríamos capazes de fazer? Claro que não! Todas as sugestões de Jesus são perfeitamente possíveis. Por isso vamos examinar melhor essa questão do amor ao inimigo?
A primeira coisa é entender o que significa a expressão "amar o inimigo." Com essas palavras, Jesus apenas nos convida a perdoar quem nos fez mal. Ou, no mínimo, apela para que não busquemos a vingança. Parece difícil? Nem tanto. Vamos falar de forma prática. Se alguém tem um inimigo, em geral, qual é a atitude que adota? A maioria das pessoas mantém o inimigo permanentemente em seus pensamentos. Não consegue pensar em nada, além da pessoa odiada. E assim a vida segue.
Quem odeia mantém-se escravo do inimigo.
Faz as refeições, dorme, acorda, trabalha e vive constantemente em meio a esse sentimento de rancor, alimentando desejos de vingança. Parece ruim? Pois é exatamente o que fazemos: deixamos o inimigo comandar a nossa vida. Tornamo-nos escravos daqueles que odiamos. Por isso a sabedoria da proposta de Jesus, que é a libertação dos laços que nos prendem aos inimigos.
Perdoar é mais fácil.
Deixa a alma mais leve, o corpo mais saudável, as emoções sob controle. Quando o Cristo pronunciou a expressão "amar o inimigo", na verdade, ofereceu um caminho de equilíbrio e de serenidade. É claro que o Cristo não espera que tenhamos pelos inimigos o mesmo amor que dedicamos à família e aos amigos. Jesus quer apenas que afastemos de nosso coração a mágoa, a infelicidade, o ódio e o desejo de vingança. Por isso Ele aconselhava: Orem pelos que vos ofendem. E nessas preces, pedi a Deus que vos dê forças para superar a ofensa vivida. Pedi também a Deus que vos ofereça oportunidade de ser útil àquele que vos feriu. Se essa oportunidade surgir, não deixemos passar a chance de sermos úteis e bons. Gestos desse tipo fazem nascer na alma o sentimento de superação, de etapa vencida.
É um momento único, encantador.
Pensemos nisso!
(recebi por e-mail...)

O Escorpião e a Rã - Rubem Alves

Um dia a floresta pegou fogo. E incêndio não tem medo de rabo de escorpião. Só havia um jeito de fugir da morte: era atravessando o rio, para o outro lado. Os bichos que sabiam nadar pulavam na água, levando seus amigos nas costas. Mas o escorpião nem tinha amigos, nem sabia nadar. E não havia ninguém que se arriscasse a oferecer-lhe carona.
O escorpião, então, valentia e coragem sumidas ante o fogo que se aproximava, foi forçado a se humilhar. Dirigiu-se com voz mansa à rã, que se preparava para a travessia.
-Por favor, me leve nas suas costas - ele disse.
-Eu não sou louca. Sei muito bem o que você faz a todos que se aproximam de você - replicou a rã.
-Mas, veja- argumentou o escorpião- eu não posso picá-la com o meu ferrão. Se o fizesse, você morreria, afundaria, e eu junto, pois não sei nadar.
A rã ponderou que o raciocínio estava certo. Podia ser que o escorpião fosse muito feroz, mas não podia ser burro. Todo mundo ama a vida. O escorpião não podia ser diferente. Ele não iria matar, sabendo que assim se mataria... E, como tinha bom coração, resolveu fazer esta boa ação. -Muito bem. -disse a rã ao escorpião. -Suba nas minhas costas. Vou salvar sua vida...
O escorpião se encheu de alegria, subiu nas costas lisas da rã e começaram a travessia.
Que coisa -ele pensou- é a primeira vez que me encosto em alguém de corpo inteiro. Antes era só o ferrão... E até que não é ruim. O corpo da rã é bem maciozinho...
Enquanto isso, a rã ia dando suas braçadas tranqüilas, nado de peito, deslizando sobre a superfície. -E como é gostoso navegar- continuou o escorpião , nos seus pensamentos. - estes borrifos de água , como são gostosos. É bom ter a rã como amiga...
Estavam bem no meio do rio. O escorpião olhou para trás e viu a floresta em chamas. -Se não fosse a rã, eu estaria morto neste momento. E um estranho sentimento, desconhecido, encheu seu coração: gratidão. Nem sempre veneno e ferrão são a melhor solução. A vida estava com a rã, macia e inofensiva que não inspirava medo em ninguém... Sentiu seu corpo descontrair-se. Achou que a vida era boa... Era bom poder baixar a guarda e descansar.
Voltou-se de novo para trás, para olhar a floresta incendiada. Mas, ao fazer isto, viu-se refletido, corpo inteiro, na água do rio que brilhava à luz do fogo. E o que viu o horrorizou: seu rabo, dantes ereto, agora dobrado, desarmado. Escorpião de rabo mole... Todos ririam dele. E sentiu um ódio profundo da rã.
-Espelho, espelho meu, existe bicho mais terrível que eu? A resposta estava naquele rabo mole, refletido no espelho da água. E a única culpada era a rã...
Sem um outro pensamento, enrijeceu o rabo e o enfiou nas costas da rã.
A rã morreu. E, com ela, o escorpião.

*O mundo precisa de mais rãs e menos escorpiões*

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Metade - Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca

Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante

Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento

Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada

Porque metade de mim é o que penso
E a outra metade um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância

Porque metade de mim é a lembrança do que fui
E a outra metade não sei

Que não seja preciso mais que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais

Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer

Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é a canção

E que a minha loucura seja perdoada

Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.